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Clampeamento do Cordão Umbilical

Logo após o nascimento, o bebê ainda está ligado à mãe através do cordão umbilical. Sabe-se, hoje , que o momento do clampeamento do cordão vai impactar o bem-estar das crianças no curto e no longo prazo.

Desde a década de 1940, o clampeamento precoce do cordão tem sido uma prática padrão, permitindo a transferência rápida do bebê para cuidados neonatais – de 30 segundos ou pelo menos 1 minuto após o nascimento.

Todavia, o Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia (ACOG) e a Academia Americana de Pediatria (AAP) passaram a recomendar um atraso no clampeamento do cordão umbilical em bebês a termo (bebês nascidos após 37 semanas). Isso porque, o clampeamento tardio aumentaria as reservas de hemoglobina e os estoques de ferro do bebê, assim como, menor incidência de transfusão e hipotensão neonatal em comparação com o clampeamento imediato do cordão umbilical.

O clampeamento oportuno do cordão umbilical geralmente é realizado 25 segundos a 5 minutos após o parto e não tem efeitos negativos para bebês ou mães. A título de comparação, quando se espera um minuto para o clampeamento o bebê recebe cerca de 80 mililitros (mL) de sangue da placenta; após três minutos, isso aumenta para 100 mL. Além disso, um estudo liderado pela Universidade de Sydney descobriu que retardar o clampeamento reduz o risco relativo de morte ou incapacidade grave de uma criança na primeira infância em até 17%. Já outro estudo, do JAMA Pediatrics – a mais antiga revista pediátrica publicada continuamente nos Estados Unidos, sugeriu que o clampeamento tardio pode trazer um pequeno impulso no neurodesenvolvimento da criança vários anos depois.

Outros estudos devem examinar o efeito de retardar o clampeamento do cordão por um longo período de tempo, contudo, um número crescente de evidências até agora parece indicar que a adoção dessa prática provavelmente resultará em melhor resultado neonatal. Ainda que possa existir uma pequena incidência de bebês com icterícia quando submetidos ao clampeamento tardio do cordão umbilical, isso pode ser controlado com fototerapia.

Fonte: SGORJ